quarta-feira, 16 de março de 2011

Análise de primeiridade de um site

Hoje tenho a missão de analisar um site através da impressão imediata que ele me transmite. Uma missão não tão fácil, uma vez que essa imediatez é impossível de ser transmitida em palavras, já que ela vem a todo momento e se esvai da mesma forma, se trasmutando sempre. Vou tentar fazer essa análise tentando não teorizar nada, só trabalhando como cores, contraste, som e forma causam uma sensação em mim. Uma vez que essa teorização de algo já estaria numa avaliação de Secundidade ou até mesmo de Terceiridade. Entretanto, se necessário vou permitir-me o uso de metáforas.

Pois bem, comecemos. Busquei enormemente um site diferenciado na internet, que se preocupasse não com menus, tabelas ou grids, mas sim com seu visual e na sensação que ele transmite. Depois de uma longa jornada fragmentada encontrei um que se diferenciou dos outros, tanto em visual quanto em navegação a ponto de chamar minha atenção e se tornar minha escolha. O referido site é Hello Sour Sally! e recomendo a visita.

A primeira vista, algo que se mostra ao centro chama minha atenção, uma espécie de curva no tom cinza escuro sobre um fundo branco. Em seguida, ao topo e abaixo surgem formas no mesmo tom que delimitam ainda mais minha visão para aquilo que está ao centro, tenho a sensação de algo me será apresentado.

A curva vai se afastando rapidamente de mim e vejo algo que me remete ao rosto de um semelhante meu, sei que não é, mas algo nela me causa uma certa identificação e até uma empatia. É como se eu a conhecesse.

Um som é tocado com sua aparição, ela parece estar feliz. A sonoridade me lembra desenhos animados e de alguma forma doces, talvez porque se assemelhe a músicas de carros de sorvete dos desenhos, mas é um som tenro e compassado, tem um certo ritmo de valsa. É como se eu estivesse num carrosel, num parque de diversões comendo algodão doce rosa, num mundo de fantasia.

Agora, a garotinha fica muito pequena na tela e um mundo inteiro me é apresentado.
Vejo um imenso doce no centro da tela. As matizes, os contrastes das cores, as formas e o tamanho deste doce fazem meu olhar se focar somente nele, esvaindo algumas vezes para observar outras coisas que se movimentam. Vejo uma forma amarela passando pela tela, ela parece voar, me parece ser um pato. Vejo círculos voadores também. A música continua eternamente e me hipnotiza a ficar naquele mundo de alguma forma.


Cliquei em algo e a menina ganhou um círculo voador. Agora ela também voa. O mundo é maior do que me parecia antes. Uma série de formas que se movimentam giram, me chamam atenção. O contraste com o fundo inespressivo e a vibração de suas cores devem ser o motivo.

Após algum tempo, essa música, antes hipnótica, passa a ser enjoativa. Me cansei do site, acho que vou sair deste mundo colorido.

Bem, eu tentei. Realmente é muito difícil fazer uma análise, se baseando apenas em formas, cores, sons e matizes. Sem se usar de termos como menina, pato, balões. Enfim, creio que consegui passar um pouco de minha impressão.

domingo, 13 de março de 2011

Semiótica, breve explicação

Cabe a mim agora nesse texto, descrever a você leitor o pouco que aprendi de semiótica em míseras 25 linhas.

Então vamos lá. Para que você entenda um mínimo de semiótica, você antes deve saber o que é signo, uma vez que o objeto de estudo dela são eles. Signo pode ser entendido como "aquilo que está no lugar de", é uma definição um tanto abrangente e abstrata, mais isso se deve ao próprio signo não ser uma coisa fixa, definida, pronta e acabada. O signo, portanto, também pode ser entendido como aquela imagem que criamos dos objetos do mundo real, uma vez que não podemos inserí-los propriamente em nossas cabeças, criamos essa imagem personalizada daquilo que entendemos daquele objeto. É importante ressaltar que os signos, assim como os objetos estão mudando em função da sociedade, assim como em função do interpretador, ou seja, aquele que porta o signo em sua cabeça, dessa maneira nosso meio de ver o mundo também vai se transmutando, da mesma forma devemos perceber que o meu signo que guardo em minha cabeça de uma cadeira, por exemplo, é diferente do seu signo, uma vez que se fossem iguais seríamos robôs que pensam de maneira igual, mas também devemos perceber que existem características comuns entre o meu e o seu signo a respeito de determinado objeto, a cadeira no caso, uma vez que estas não existissem, a comunicação entre nós seria impossível. Dessa forma a nossa compreensão do mundo, o diálogo que travamos com ele e a nossa própria comunicação requer signos. Cabe também aqui uma nova forma de se entender o pensar, a partir da definição de signo. Parte daí, uma maneira de entender o pensamento, não como uma coisa inerente ao ser humano, como aquilo que entendemos por pensamento racional, que pressupõe raciocínio e julgamento .Mas sim, como aquele fenômeno que requer a tradução de um determinado código, formalizado ou não, que irá surtir efeito numa reação. Por exemplo, quando uma planta realiza fotossíntese, ela está pensando, uma vez que traduz um código emitido pela luz solar que resultará na produção de seu alimento e na emissão de oxigênio para o meio ambiente. 

Uma vez que temos essa breve noção do que é signo e diferenciamos pensar de raciocinar. Podemos entrar na categorização criada pro C. S. Peirce de toda experiência do pensar. Essa categorização se dá em três níveis, Primeiridade, Secundidade e Terceiridade. Vale ressaltar aqui, antes de iniciarmos nosso entendimento sobre elas que elas não definem experiências de pensar fixas, por exemplo, não é porque algo está no nível de terceiridade que elementos de secundidade e primeiridade não possam estar imersos nela. Você vai entender isso mais a frente. 

Vamos começar com o pecado da impossibilidade de tentar se definir Primeiridade. Primeiridade, termo científico criado por Peirce, também chamado de qualidade é a imediatez como você percebe as coisas. Estas experiências são tão frágeis, tão puras que ao definí-las já estamos perdendo a qualidade daquele momento que queremos definir porque ele já foi passado. Nesse momento, você deve estar tendo uma série de percepções. O brilho e as cores da tela que ofuscam seu olhar ao passar os olhos por esse cojunto de caracteres, o peso da cadeira contra suas costas, o pulsar de seu coração em seu peito, o entrar e sair de ar de seus pulmões. Enfim são as qualidades das coisas no seu estado mais primitivo.

Secundidade, também chamada de relação é quando eu conheço uma determinada qualidade e busco-a em  outros locais, estabelecendo assim uma relação entre elas. Por exemplo, quando me deparo com o matiz da cor azul, e aquilo me traz a minha uma determinada experiência, fugaz e pura, temos uma primeiridade. Já quando percebemos e buscamos o azul em diversos cantos, estabelecendo uma relação entre a característica do azul do céu, por exemplo e do azul do mar, apenas como busca, sem saber teorizar nem definir muito bem  a cor azul, apenas tendo a compreensão que há algum tipo de relação entre aqueles azuis.

Terceiridade, ou representação irá acontecer um grau mais claro de inteligibilidade. É quando eu represento, quando eu teorizo, quando eu conveciono. A partir do momento que eu passei a representar o azul, teorizar e  poder identificá-lo no céu, no mar e em outros canto possibilitando inclusive uma comunicação do que é o azul eu estou no terceiro.




domingo, 20 de fevereiro de 2011

Símbolo, ícone ou índice? Talvez os três.



Gosto de emoções, sejam boas ou ruins, são a confirmação de que se está realmente vivo. A música é um signo de emoções muito amplo, já o violino é signo de música contemplativa, pensada para provocar em você determinado sentimento com determinada energia. A música que o violino transmite me remete essas emoções e essa ilustração me remete a elas através de sua composição, repleta de significados, reforçados pelos elementos que rodeiam o violino.

Definição de Semiótica

Como foi proposto, irei colocar uma das inúmeras definições de semiótica. Colocarei a de C.S. Pierce, pai da Semiótica, o que parece mais sensato. Entretanto a definição dele é a menos esclarecedora por não entrar em pormenores de significado. Por isso irei colocar também o site de onde extraí sua definição, um link referente ao Centro de Estudos da PUC de São Paulo. Lá encontra-se diversas definições a quem se interessar.

Def.: Semiótica é a doutrina formal dos signos.
Cf. Charles Sanders Peirce, 2.227.

Link com outras definições e questionamentos sobre o assunto:
http://www.pucsp.br/pos/cos/cepe/semiotica/semiotica.htm

Link com áudio-aula referente a conceitução de semiótica, signos e afins. Além de uma análise da funcionalidade da semiótica, com destaque para interfaces gráficas:
http://multimidia.usabilidoido.com.br/podcasts/o_que_e_semiotica.mp3